quinta-feira, 18 de junho de 2015

10 coisas que você pode fazer agora mesmo para economizar combustível

O preço da gasolina sobe a cada ano e isso não é novidade aqui no Brasil. Enquanto os preços não diminuem, ou mesmo que diminuam (se é que um dia vão diminuir) confira algumas dicas que você pode seguir para tentar diminuir o consumo do seu carro:

1 – Forma de dirigir – Dirija no modo econômico
Fonte da imagem: www.revistaherbarium.com.br
Os motores variam em sua estrutura de acordo com o projeto e com a proposta que eles tem, mas uma coisa vale pra praticamente todos: A forma de dirigir impacta diretamente no consumo sendo que para mais desempenho é necessário maior consumo e para mais economia uma, performance mais comedida. Portanto, tenha o pé um pouco leve sem elevações de rotação desnecessárias, acelere até atingir a velocidade desejada e depois tente manter sem acelerações profundas. É esse o princípio da economia de combustível na estrada, o seu carro gasta mais para sair da imobilidade do que para manter a velocidade desde que, obviamente, a rotação para isso não seja alta.

2 – Cut off – Desça engrenado
Fonte da imagem: www.oficinadanet.com.br
Muitos motoristas devem desconhecer esse sistema. O Cut off surgiu no Fiat Oggi, ainda carburado, e existe atualmente em todos os carros com injeção eletrônica. Ele corta a injeção de combustível toda vez que o carro está engrenado e desacelerando, ou seja, quando você está numa descida com o carro engatado em alguma marcha e em movimento apenas pelo embalo ou pela ação da gravidade e você não está pressionando o acelerador, a central eletrônica corta a injeção de combustível e leva o seu consumo a praticamente zero. Por isso é mais econômico descer engrenado do que na famosa “banguela” (em ponto morto). Além da economia de combustível essa prática preserva o seu sistema de freios e trás mais eficiência na frenagem.
Se notar que o seu carro não está economizando mais dessa forma, procure um mecânico pois o sistema pode não estar funcionando por algum defeito.

3 – Peso – Deixe o que não vai precisar em casa

Fonte da imagem: www.falandodeviagem.com.br

O comportamento dinâmico do seu carro está enraizado basicamente numa coisa chamada relação peso x potência. Isso se refere a quantos quilos cada cavalo de potência do seu carro carrega. Pois bem, quanto menos quilos cada cavalo do seu carro precisar carregar menos o seu motor vai fazer esforço, o que se traduz em melhor desempenho e economia de combustível. Calma, não arranque o banco traseiro nem acabamentos internos do seu carro, isso seria muito extremo. Atente-se para coisas que você “esquece” no porta malas ou no interior do carro e deixe em casa tudo aquilo que você não vai precisar. Pode parecer meio bobo mas tem gente que anda com coisas pesadas no carro de bobeira e acaba prejudicando o rendimento.

4 – Manutenção preventiva – Deixe tudo em ordem
Fonte da imagem: www.jacuipe.com.br
Muitas peças do seu carro estão relacionadas com o desempenho do motor. A troca ou manutenção periódica de algumas delas é necessária para manter a saúde do propulsor.
Entre as principais estão as velas, os cabos de vela, o filtro de ar e o filtro de combustível. Para a verificação e eventual substituição dessas e outras peças é indispensável a visita regular à rede autorizada ou ao seu mecânico de confiança. A manutenção preventiva, muito negligenciada no Brasil, não só permite que o carro rode com tudo nos conformes como também evita quebras e dores de cabeça.

5 – Pneus – Na pressão certa


Fonte da imagem: www.calibradordepneu.com.br
Além do peso, conforme mencionado acima, a resistência à rolagem também força mais o seu motor e diminui o embalo. Verifique a cada 15 dias a pressão dos pneus do seu carro. Pneus mais vazios aumentam a resistência do carro ao passo que pneus mais cheios facilitam o movimento. Não! Não vá colocar 70 libras! Muito provavelmente seu pneu explodiria e se isso não acontecesse o seu carro ficaria tão estável quanto uma girafa jogando hockey, ou seja, a pressão dos pneus está, também, inteiramente ligada à estabilidade do seu carro. Veja qual é a indicação no manual do proprietário (logicamente se ele ainda conta com tamanho de rodas e pneus originais) e confira também a pressão máxima inscrita no próprio pneu. Manter no que o manda o fabricante é suficiente.

6 – Resistência aerodinâmica – Sem paraquedas hoje


Fonte da imagem: www.iplay.com.br


Você já deve ter percebido que tudo o que contraria o movimento do seu carro atrapalha a obtenção do menor consumo. Até mesmo o ar pode ficar contra você na sua busca pela economia. Não é comum as pessoas saírem por aí com a capa do super homem, paraquedas, placas ou objetos presos na área externa do carro, mas nunca é demais lembrar. Tudo aquilo que causar resistência aerodinâmica vai aumentar o seu consumo.
O que é muito mais comum é andarmos com as janelas abertas. Pois é, o vento que entra no seu carro também o segura um pouco. É lógico que você não vai andar com os vidros fechados no calor só por causa disso, mas é bom saber né? Especialistas dizem que acima de 80 km/h é mais econômico andar com o ar condicionado ligado e vidros fechados do que com o ar condicionado desligado e os vidros abertos.

7 – Acessórios – Peso no motor


Fonte da imagem: www.car.blog.br

Falando no ar condicionado, você já deve ter ouvido falar muito que ele é um grande vilão no consumo de combustível. Não, não é mentira, ele é mesmo. O ar condicionado funciona através de uma correia acoplada ao motor que aproveita o seu movimento para girar um compressor, quando acionado. É exatamente como se você estivesse subindo uma montanha e alguém te desse mais uma mochila pra carregar. Esse peso a mais no motor gera mais esforço, que gera mais gasto de combustível. Você deve perceber que quando liga o ar condicionado o seu carro perde um pouco de potência.
Outros acessórios também usam de método parecido para funcionar. Tudo o que funciona com eletricidade no seu carro usa a energia que vem da bateria, quando o carro está desligado, e do alternador quando ligado. O alternador, assim como o compressor do ar condicionado, aproveita o movimento do motor através de uma correia para gerar eletricidade pela conversão da energia cinética em energia elétrica (mais uma mochila nas costas). O alternador também tem a função de carregar a bateria. Portanto, mesmo que a maioria dos equipamentos eletrônicos tenha um consumo muito baixo, ainda assim, é um consumo.

8 – Terreno – Meça seus caminhos parça


Fonte da imagem: www.interactually.com
Por conta da ação da gravidade, as subidas também judiam do seu carro. Verifique o seu caminho antes de fazê-lo, estude-o de forma que você pegue o mínimo de subidas possível. Em alguns lugares o aclive é apenas em uma pequena área e as ruas próximas são planas.
Quando tiver de enfrentar uma subida, embale na descida ou no plano e acelere pouco na subida, só cuidado para não se empolgar nesse embalo e preste bastante atenção.

9 – Tenha calma – O estado nervoso e o consumo de combustível
Fonte da imagem: www.maringafm.com.br
Quando estamos nervosos dirigimos de maneira menos econômica, isso é fato. Portanto, tente ficar calmo e se não conseguir, tente não descontar no seu carro, assim você não gasta combustível, não desgasta a mecânica, corre menos risco de acidentes e de cometer infrações.

10 – Monitoramento do consumo – Olho nos números
Fonte da imagem: grandsiena.blog.br
Até adianta mas fica meio ruim saber o quanto adianta se você seguir todos os passos anteriores mas não aferir o consumo. O método mais seguro (dos acessíveis) para aferir o consumo é pelo computador de bordo. O seu carro não tem computador de bordo? Existem hoje no mercado diversos aparelhinhos que você pluga na entrada de inspeção eletrônica (normalmente embaixo do painel) e recebe as informações por Bluetooth em um aplicativo no seu smartphone ou tablet ou ainda por cabo USB em algumas versões. Eles não são caros e além de exibir o consumo fazem diagnóstico de erros e prometem corrigi-los. O problema é que nem todos os carros (principalmente os mais antigos, anteriores a 2002) são compatíveis com o aparelhinho e que, pelo menos no meu uso, ele se mostrou inexato na medição do consumo (dizendo que o meu carro faz  mais do que 12 km/l) e na hora de mostrar o consumo em cut off e em ponto morto. Se você não tem como usar um computador de bordo a saída é usar a luz da reserva com o prejuízo de esse método não ser muito preciso pois a luz da reserva não vai acender necessariamente com o mesmo volume de combustível no tanque sempre, visto que a inclinação do carro pode afetar a leitura. Apesar disso o método pode, em alguns casos, se mostrar suficiente. Quando acender a luz da reserva, zere o odômetro parcial ou, na falta de um, anote a quilometragem total. Abasteça assim que puder e rode até acender a reserva novamente. Veja quantos quilômetros você rodou neste intervalo e divida pela quantidade de litros que você colocou de combustível (digite todos os números depois da vírgula). Você tem aí o seu consumo em km/l (quilômetros por litro). Zere o odômetro e repita todo o processo. Para ter uma média menos ligada ao percurso faça uma “média das médias” depois de 5 ciclos.

Segui os passos que indiquei aqui e tive uma melhora significativa no rendimento:
Aferição feita pelo método da luz de reserva.

Carro: Polo 1.6
Combustível: Gasolina aditivada

Antes

Medição         Consumo
      1               10,5 km/l
      2               10,4 km/l

Depois

Medição         Consumo
      1               11,4 km/l
      2               11,2 km/l
      3               11,4 km/l

Para se ter uma noção:

Antes

32,47 litros de gasolina aditivada (R$ 100,00  com o preço à 3,08) rendiam em torno de 337 km.

Depois

32,47 litros de gasolina aditivada (R$ 100,00  com o preço à 3,08) renderam 371 km.