segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O QUE ACONTECEU COM O TUNING?

Amado por muitos, na maioria seus praticantes, odiado por outros tantos. O tuning, como ficou conhecida a arte de personalizar o carro ao seu próprio gosto com alterações estéticas e mecânicas, dividiu opiniões durante todo o tempo em que esteve em alta e até mesmo hoje, quando a prática já não é mais tão comum, ainda provoca torções de nariz ou suspiros. Eu? Bem, eu confesso que fui um grande admirador do tuning, mas sempre odiei os seus exageros. O tuning que eu gostava era o carro um pouquinho mais baixo, com rodas grandes, neon em baixo, angel eyes, lanternas traseiras de Altezza, ou de cristal como ficou comum por aqui, coluna de adesivos no pára lamas, grampos no capô, saias dianteiras, traseiras e laterais, aerofólios, entradas de ar no capo, interior personalizado com relógios de pressão de óleo e do turbo que empurraria motor modificado. Calma, muitas dessas modificações eu hoje acho totalmente dispensáveis. Disso tudo que citei, só mantenho o gosto por rodas, redução leve da altura, e talvez um "body kit". Isso pra um carro meu. Se fosse um carro construído para ser o ápice em modificação, colocaria mais algumas coisas, mas que não o deixariam nem de longe parecido com o que eu gostava num tuned anos atrás. Sempre gosto de falar dos anos em que as coisas aconteceram, pois bem, lembro do tuning explodindo em 2005 por aqui (imagino que nos EUA explodiu assim que Velozes e Furiosos foi lançado, por volta de 2001) e tendo uma decadência por volta de 2008, quando um estilo mais sóbrio começou a ser adotado nas ruas. Eu tenho saudade, mas porque curti muito a época, foi uma época feliz, de 2006 à 2008, foi quando muita coisa boa aconteceu pra mim, e quando tive talvez a imersão mais radical no universo automotivo. Lembro de como ficávamos alucinados com um carro "cortando giro", bom na verdade ainda ficamos, como brilhavam nossos olhos ao ver um carro laranja com acessórios chamativos motor barulhento e uma cara de: Tem mais de R$ 50.000,00 investidos em mim my friend! Hoje parece que os bons praticantes do tuning abandonaram de vez a prática e tudo o que se vê são tentativas frustradas de imitar os bons tempos. Atrasados, ou simplesmente péssimos insistentes. O que eu acho que aconteceu? O que acontece com os gêneros musicais e com qualquer coisa de moda, cansou e passou. Saudade do tuning e das carangas personalizadas? Vamos ver algumas fotos de algumas das coisas que eram indispensáveis num bom tuned car!




Começando pela cor espalhafatosa.


E o neon em baixo do carro.
Três Hondas com o mesmo neon verde em baixo dos carros e lança arpões. ( VF :) )


 A moda chegou aqui também, nos nossos nacionais.
 
O angel eyes.

 Acessório ficou famoso nas BMW.
 Mas também fez a alegria dos tunners, dando um toque especial no carro.
E a coluna de adesivos.
 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Curitiba MotorShow

Fui, ao evento automobilístico Curitiba MotorShow, no último final de semana no Autódromo Internacional de Pinhais. Fui, no domingo, buscando apreciar os carros em stands e um ou outro dando umas voltas na pista, qual foi o meu espanto, positivo, ver praticamente todos andando pelos 3.695 metros de pista, alguns absurdamente velozes, outros cuspindo metanol ainda líquido pelo escapamento, todos urrando seus motores com toda voz. Alguns, é óbvio, com uma voz bem mais potente, caso dos inúmeros V8 que compareceram dando movimento à Mavericks, Chargers, Darts, Mustangs e outros até mais raros.Tivemos também os 6 em linha dos Opalas, em sua maioria prontos para a arrancada, o 5 cilindros de um dos Mareas presentes, um Weekend que foi único a ir para a pista e todos os outros 4 cilindros aspirados, turbos, enfim, fazendo o ambiente que eu esperava encontrar lá, e que estava mais completo de carros do que eu imaginava.
Ao chegar passeamos, eu e meu primo, igualmente louco por carros, dentre os clubes que participaram. Clios, Mareas, Celtas, Chevettes, todos já dando forma ao cenário igual ao do Race Wars, do primeiro Velozes e Furiosos. E não é que estava bem parecido mesmo? Muitos carros, muita gente que gosta de carro, tendas parecidas, música igual, em alguns momentos, só faltou um louco apostar o carro do pai e perder para um maluco que investiu U$ 100.000,00 no motor, hehe.
Chegamos então à reta dos boxes, era hora de começar o desafio 201 metros. Essa foi a hora em que tudo parecia ficar em câmera lenta, curiosamente na hora em que os carros ficavam mais rápidos. A cena se desenrolava, os pneus girando, a fumaça subindo, o ronco dos 8 cilindros invadindo os ouvidos à portas abertas, o carro começando a ficar quase atravessado na pista, flocos pretos de borracha enfeitando o asfalto de um granulado bonito, o cheiro dessa borracha invadindo as narinas e então como um puro sangue que ganha a liberdade, o bólido cruza a minha frente e começa a diminuir de tamanho em direção ao marcador de tempo. Chegava a arrepiar. Como disse meu primo, é o nosso ambiente, como diria Dominic Toretto, "home sweet home.
A tarde ia caindo e a pista foi tendo seu movimento diminuído. Perto do que foi o evento, meu relato parece quase nada. Mas é o relato de um ponto de vista, como o que de mais marcante aconteceu, ao menos para mim, no autódromo naquele dia.
Pra compartilhar com vocês o clima que eu encontrei lá, seguem algumas fotos que eu tirei. Sim, foram tiradas de um celular. Não, eu não sou fotógrafo.
Um abraço, até mais.



























quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pra quem gosta de carro, é inegável que um ambiente cheio de belas máquinas e apaixonados por carro é um local atrativo e divertido.
Me lembro com um certo saudosismo do Meca Car Show que passou aqui por Curitiba em 2005 e 2006 e trazia a onda do momento, o tuning.
Depois de ver aquelas naves personalizadas e iluminadas no Velozes e Furiosos e no + Velozes e + Furiosos, os únicos da franquia até então, era alucinante encontrar-se cara à cara com algo parecido. Sim, algo parecido poque se no filme o bólido protagonista era um Toyota Supra targa ou um Nissan Skyline com cara de menino levado, no evento tinhamos o que era possível dentro do cenário econômico da população brasileira. O Corsa mutante, o Palio que de Palio quase não tinha nada, e diversos outros veículos com lataria feita de tela de arte e com a parte de baixo do carro tão iluminada quanto um daqueles túneis da Europa. Mas era legal, mesmo com os exageros, era legal, era o ambiente, era como o fã de uma banda que raramente vem ao Brasil e quando sua banda vem, ele encontra no show pessoas que não sabem nem o nome do cantor se dizendo fãs de carteirinha, mesmo assim ele não vai deixar de curtir. Não deixo esquecer que também tinham carros de mais respeito estético, como Camaro de meados de 1994 ou o Mustang de 1969.
Porém no ano seguinte, esperando ansioso pelo anuncio da data do evento seguinte, ficaríamos frustrados por não receber nem sequer um sinal do Meca, pois aquele evento de 2006 teria sido o seu último aqui.
Depois, a não ser que eu esteja enganado, só houve alguns eventos do Força Livre Motorsport e talvez um ou outro evento mais específico como encontro de antigos ou de algum modelo em específico, nada mais de grande repercussão relacionado à exposição de carros personalizados, raros ou exóticos.
Então, eis que em 2012 vem à Curitiba, no Autódromo Internacional de Curitiba, mais especificamente no município de Pinhais, vizinho e pertencente à Região Metropolitana de Curitiba, o Curitiba MotorShow.
O evento conta com uma programação mais elaborada que a do Meca, com um cronograma que vai desde corridas de Drift RC a desfiles de Hot Rods e carros de maneira geral.
É claro que o saudosismo e a nostalgia vão ficar somente para o Meca, ao menos por enquanto, mas o Curitiba Motor Show é certamente aquele ambiente que eu falei no começo, um ambiente que já se forma com a reunião de 3 ou 4 carros e um papo sobre motores, quem dirá com todo essa estrutura que se instala no AIC!
Curitiba MotorShow acontece nos dias 16 e 17 de agosto
e vai reunir máquinas de respeito

O Evento acontece nos dias 16 e 17 de agosto com programação das 08:00h às 18:00h nos dois dias.
Se quiser mais detalhes do evento, segue o link do site do Curitiba MotorShow.
http://www.curitibamotorshow.com.br/
No dia 15 tem Track Day In, não aberto a público visitante.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O QUE ESTAMOS COMPRANDO?


Chevrolet Agile: Visual moderno e plataforma antiga
Piscas embutidos nos retrovisores, rodas em liga leve aro 16”, friso cromado, algum desses itens pode nos enganar? 
Depende. Depende do quanto você está imerso no mundo automotivo.
Tudo isso pode ser simplesmente um item comum de um carro bem construído, mas também pode ser maquiagem de carro com estrutura ultrapassada.
No mercado atual existem alguns exemplos de veículos, concebidos sobre plataformas antigas, mas com um visual com detalhes atuais, sim, detalhes, pois uma análise um pouco mais minuciosa revela um senhor de 50 anos calçando All Star.
Para deixar bem claro do que estou falando, vou começar com um exemplo fácil, o Chevrolet Ágile. Ao olhar de longe, parece mais um hatch compacto premium, como um Fiat Punto ou um Ford New Fiesta. Mas pra quem está em constante contato com informações técnicas dos veículos, sabe que por baixo da bela carcaça (ou não), se esconde a plataforma do velho Corsa, sim, aquele lançado em 1994. Não só o Ágile ainda usa essa plataforma como também o Chevrolet Classic, que antes atendia pelo nome de Corsa Sedan (isso ainda é assunto pra outra postagem), o Celta, e a Montana, que compartilha também o projeto com o Ágile. O Classic é um carro nitidamente com visual ultrapassado mas não, o face lift que ele sofreu a poucos anos atrás não pode ser considerado uma tentativa de vender o velho como novo, pois a simples alteração dos faróis e da lanterna não esconde, nem um pouco a idade do veterano. Seria como um velhinho usando óculos escuros joviais contrastando com reflexivos cabelos brancos e suspensórios, ele não convenceria ninguém que ainda está no ensino médio.
A idéia inicial aqui é focar na atitude de algumas fabricantes de insistir em plataformas antigas para produzir algo “novo” com o baixíssimo custo de uma plataforma que já teve o retorno dos investimentos, ou ainda, em muitas ocasiões, aproveitar até mesmo o projeto antigo, trocando grade, farol e cor das lanternas.
Não condenem a Chevrolet, ao menos, não somente ela, pois todas fazem, ou já fizeram isso. A Volkswagen com o Gol da antiga geração, é um exemplo. O veículo vinha de várias reformulações de uma mesma plataforma, ou seja, o carro que foi lançado em meados de 1980, teve uma esticada na plataforma em 1994 e assim se manteve, com dois face lifts ao longo do tempo, convivendo com a nova geração, até esse ano, quando finalmente foi substituído pelo Volkswagen Up!.
A Fiat, por sua vez, manteve o Uno, em seus últimos anos chamado de Mille, desde 1984, quando foi lançado, até hoje, com um único face lift significativo, e outros retoques ao longo do tempo. Hoje a fabricante italiana já tirou o veterano de linha, mas mantém outro que já mostra o cansaço do projeto e da plataforma, o Palio Fire em vias de aposentadoria também e que mantém o visual da “terceira geração” do modelo, e que é o veículo mais barato da marca no atual portfólio.
Por último, destacando apenas as quatro maiores, a Ford vendeu até pouco tempo atrás o Ford Ka antigo, que usava a plataforma do antigo Fiesta. Isso mesmo, o Ká foi lançado com plataforma própria em 1997 e teve no final dos anos 2000, após um único face lift com a plataforma original, uma reformulação, mas que utilizou uma plataforma igualmente antiga.

Chevrolet Tracker: Plataforma moderna garante
 melhorias em segurança e ergonomia
Mas calma, parece que as montadoras sentiram um peso na consciência (ou não) e nos últimos anos começaram uma vasta reformulação em seus produtos. A própria Chevrolet lançou recentemente Onix, Prisma, S10, Spin, Sonic, Sonic Sedan, Cobalt e Tracker (ufa!)A Volkwagen finalmente trouxe de volta o queridinho do Brasil, o mítico Golf, além do Up!, que tem se mostrado adequado à proposta. A Fiat, sempre inovadora, prepara o lançamento do sistema Start and Stop para o Uno! Isso mesmo! O dispositivo para economia de combustível que você vê nos grandes importados, aplicado num popular brasileiro e a Ford acaba de tirar do forno o novo Ka, que traz uma gigantesca vantagem em relação ao modelo antigo. Todos utilizando novas plataformas e alinhados com o que as marcas vendem em outros mercados, obviamente, os mercados que compartilham conosco o perfil de mercado que elas enxergam em nós, ainda que isso tenha mudado bastante nos últimos tempos, ou seja,  apesar de ainda existir o tal mercado de país emergente, as marcas vem investindo em unificar a gama, a fim de baratear os custos de produção, trazendo benefícios para esses mercados, que tem produtos de melhor qualidade à sua disposição, mesmo que existam vários sentidos de mesmo produto para as marcas (caso March, fica pra uma próxima também), mas pelo menos, já estamos comprando algo melhor do que a 5 anos atrás.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

E aí pessoal, beleza?
Eu sou o Rafael Carvalho, apaixonado por carros e esse é o Altas Octanas!
Aqui é o lugar onde o assunto é carro!
Desde pequeno, quando nem alcançava enxergar o pára brisas direito, já me pendurava no volante e fazia altas viagens imaginárias, com direito a efeitos sonoros (boca) e tudo mais.
Não era de se espantar que uma criança assim crescesse assistindo a filmes de carros, jogando jogos de corrida, e que hoje, adulto, ainda pareça uma criança com um brinquedo quando vê um carro legal.
Então, é isso, em breve farei a minha primeira postagem do conteúdo, espero que gostem!
Um abraço!